Gigantesco projeto iniciado em 2014 preparou Bebedouro para enfrentar a maior crise hídrica dos últimos 91 anos
O prefeito de Bebedouro está acompanhando de perto o início das obras do poço profundo no Residencial Pedro Paschoal. A obra irá colocar um ponto final em um problema histórico do setor norte: a falta de água. Com um investimento pesado nos últimos anos, Bebedouro está com abastecimento garantido em 2021, mesmo o Brasil enfrentando uma das maiores crises hídricas da história.
O poço terá profundidade de 1.020 metros, capacidade para captar 300 m3 / hora e deve ficar pronto em cinco meses. "Bebedouro sofreu com a falta de água durante décadas. Um grande problema exige planejamento a longo prazo e continuidade no trabalho bem feito. Desassoreamos o lago e perfuramos 11 poços artesianos para manter o balanço hídrico da cidade. Agora, estamos construindo o poço profundo com investimento de R$ 8 milhões. É um trabalho de uma grande equipe, que começou com ex-prefeito Fernando Galvão e tenho a honra em dar andamento", disse o prefeito Lucas Seren.
Planejamento – Grandes problemas exigem grandes projetos. A prefeitura e o Saeeb realizaram o desassoreamento do Lago Artificial – limpeza do acúmulo de lixo, areia, entulho e outros detritos – e o transformaram em um reservatório para ser usado em emergências. Foram desassoreados quase 111 mil metros quadrados. Durante a limpeza foram encontradas oito nascentes.
Em uma nova etapa, foram perfurados 11 poços artesianos em pontos estratégicos da cidade - dez já estão em operação. Os bairros que faltavam água também ganharam reservatórios metálicos, como no Jardim Tropical e no Distrito II, com 1 mil m3 cada.
Já nesta terceira etapa, está sendo construído um poço com mais de 1 mil metros de profundidade no Residencial Pedro Paschoal.
Perdas - "Além de todo esse investimento, estamos controlando a perda de água, com a instalação de macro medidores nos poços e na captação. Assim, conseguimos reparar os vazamentos localizados e mantemos mais água dentro dos reservatórios", explica o presidente do Saaeb, Gilmar Feltrim.
Chuvas - O volume de chuvas ficou abaixo do esperado esse ano em Bebedouro - de janeiro a maio choveu apenas 367mm; no mesmo período do ano passado foram 829mm, uma queda de 55,7%.