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Terça, 29 Mai 2018 05:44

Fórum debate direitos humanos, intolerância e novos núcleos familiares

O II Fórum de Direitos Humanos, Inclusão e (In) Tolerância da OAB realizado na sexta-feira (25/05), na Casa da Advocacia, organizado pela 87ª subseção da OAB Bebedouro, com apoio do Departamento de Cultura e Eventos da OAB São Paulo, Prefeitura de Bebedouro, por meio da coordenadoria de Direitos Humanos e Rede Criança e Adolescente, reuniu estudantes e professores para reflexão de importantes temas.

Na sua fala, o prefeito, Fernando Galvão, ressaltou a importância da tolerância com as pessoas do convívio cotidiano e lembrou ser preciso respeitar as lideranças constituídas do País, em uma referência à falta de representatividade por qual passa o Brasil.

“Direitos Humanos, Construção da Cidadania e Combate as (In) Tolerâncias” foi o primeiro tema exposto pelo promotor de Justiça de Ribeirão Preto, Dr. Paulo José Freire Teotônio. “No século XXI precisamos reduzir drasticamente a intolerância, ter medidas de inclusão social, concatenar todas as pessoas em um mesmo movimento cívico”, disse o promotor, que acredita ser preciso uma base de ensino inclusiva.

“Violência Escolar, Bullyng e Intolerância à Luz do Estatuto da Criança e do Adolescente” foi abordado pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Bebedouro, Dr. João Carlos Saud Abdala Filho. “Isso cria um sentimento de angústia, depressão por parte de algumas pessoas, e isso é repassado para as crianças e adolescentes que se tornam frustrados, e depois descontam esse tipo de sentimento nos colegas – principalmente no ambiente escolar”, frisou o magistrando, lembrando da lei federal que cria mecanismos para combater o bullyng no ambiente escolar.

Para o promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude de Bebedouro, Dr. Hebert de Souza Oliveira, a violência escolar e o bullyng não devem ser negligenciados. “Temos que medir esforços para lidar com esse problema que é grande, trabalhar enquanto é possível para evitar que se torne grande demais e ecloda de maneira que não seja possível de ser trabalhado na fase adulta. Uma vítima de bullyng hoje é depressivo, intolerante, sem respeito, muitas vezes homofóbico, racista, e se isso tivesse sido trabalhado a contento no nascedouro teria a chance de se transformar. A vítima precisa de ajuda, mas o agressor também, pois caminho de maneira equivocada”, refletiu. 

Na opinião de Lucimara Lopes, coordenadora da Rede Criança e Adolescente, “as políticas públicas precisam estar integradas para a intervenção eficaz”, enfatizou. “As pessoas que estiveram aqui devem ser multiplicadores, devem levar adiante as reflexões, os conhecimentos e o potencial que cada um tem para mobilizar outras pessoas para que as discussões continuem”, reforçou.

Finalizando o debate, a assistente social e coordenadora do curso de Serviço Social do IMESB, Edméia Corrêa Neto, falou sobre “Novos Núcleos familiares, Proteção do Estado e Mecanismos de Combate à Intolerância”, lembrando que as famílias precisam ter algumas características como o cuidado mútuo, a solidariedade, do cuidado entre si, da divisão de tarefas e o afeto. “As novas famílias surgem da necessidade da própria vida cotidiana”, definiu. 

Para o presidente da OAB – Bebedouro, Dr. Mário Ribeiro, o Fórum atingiu seu objetivo. “O caminho para uma sociedade melhor é quando trazemos a nova realidade para o debate, quando você para e diz: ‘fui intolerante naquela postura, naquele posicionamento’ e a Casa do Advogado é para isso, para essa reflexão”, concluiu. 


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