A Guarda Civil Municipal de Bebedouro participa de treinamentos especiais para o trabalho com cães funcionais, animais preparados para atuação em segurança pública. Os animais da raça Rottweirler e Pastores Belga Malinois recebem treinamentos diários para o controle do combate às drogas e policiamento preventivo e repressivo em Bebedouro.

O treinamento aplicado pelo Conselho Nacional de Cão Funcional, filiado à Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), abrange aspectos de caráter prático e teórico e visa à preparação do GCM e do próprio animal para diversas situações. Os cães são treinados para fazer a segurança e prevenção em vias públicas, no comércio local e ainda nas escolas.

O Conselho Nacional de Cão Funcional, é uma entidade preparada, uma das mais importantes no Brasil a nível de cachorros profissionais na área de segurança pública, segundo o comandante da Guarda Civil Municipal de Bebedouro, André Rosa. “Os cães estão sendo preparados tanto para policiamento preventivo como repressivo nas situações de defesa e ataque de ação criminosa, como também para faro de entorpecentes”, afirma o comandante.

O curso é voltado também para criadores e adestradores particulares, segundo o coordenador do Conselho Nacional de Cão Funcional, Janott Coelho, a modalidade oficial da CBKC abrange vários níveis como faro, resgate e cão de busca a entorpecentes, como a Border Collie Kiara, que é treinada para sentir cheiro de penas, serpentes e até explosivos. 

Coelho afirma que a pequena Border Collie especialista em biopirataria, é a única no país e que já viajou pelo mundo, passando pelo Peru, Argentina, Panamá, Bélgica, Holanda e Alemanha.

“O intuito do nosso trabalho é melhorar a capacitação dos policiais em trabalhar com cães realmente operacionais em aspectos de faro, proteção, obediência, salto e genética, tudo isso voltado para a melhora da qualidade da ação”, afirma Coelho.

O coordenador afirma ainda que o animal que participa de um treinamento como este, consta com registro em seu pedigree, comprovando o trabalho dentro do regulamento as especificações de adestramento.

Em 33 anos de profissão com cão funcional, o coordenador ressalta que a modalidade foi aprovada oficialmente em 2012, como Modalidade Brasileira de Adestramento. “Só existiam cinco escolas de cão funcional em todo o mundo, a holandesa, francesa, belga, americana e alemã, agora formamos a sexta escola, a brasileira”, afirma Coelho. “O mais interessante é que esse é o 1º estágio regulamentado no Brasil, realizado em Bebedouro”, finaliza.

O treinamento é composto por 30 horas de curso, e conta também com ações noturnas, compondo um estágio completo e totalmente operacional.

Danilo Rossi, veterinário da CBKC, cuida e analisa a genética e o comportamento animal. “Os animais para trabalharem corretamente devem passar por uma seleção genética que vem do trabalho dos criadores. Cães com bom temperamento por meio desse trabalho aderem a um comportamento mais adequado”. O especialista explica que o temperamento e o comportamento do animal dependem do perfil e do tipo de trabalho a ser desenvolvido com cada raça.

Rossi finaliza explicando que o treinamento de cão funcional pode ter início a partir de um ano de idade do animal, mas também pode ser iniciado antes disso, em torno de 6 meses de idade. “Para treinamentos mais simples, como cão de companhia o procedimento é mais simples, e dura em torno de 1 ano a 15 meses. Para animais que atuarão em segurança pública o treinamento é mais extenso e normalmente dura em torno de 1 ano e meio a dois anos”, explica Rossi.

Site: http://caofuncional.com.br e http://www.cbkc.org